quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Só cá vim dizer isto!

Depois de enfardar séries televisivas a rodos, e de achar que a minha vida, após um estudo comparativo almejante, tem tanto sentido como um qualquer single dos GNR...peço ao génio da lâmpada uma existência milimetricamente au point e tão charmant como a seguir se lista.

Pois que quero:

A) Pertencer à família Walker (Brothers and Sisters)
B) Ter como vizinhos os irmãos Winchester (Supernatural)
C) Que a minha avó seja a Emily Gilmore (Gilmore Girls)
D) Ter os poderes combinados das Halliwell (Charmed)
E) Poder voltar atrás no tempo e fazer psicoterapia in locus sempre que necessário como a Erica (Being Erica)
F) Trabalhar com a J.J. e co-workers (Criminal Minds)
G) Poder fazer mal a quem me irrita como o Dexter (Dexter)
H) Ter como animal de estimação o Roger (American Dad)
I) Poder comer até rebentar e sem consequência como a Amanda (Ugly Betty)
J) Que a minha vida sexual seja tão ou mais prolífica que a do Hank (Californication)
K) Com vista na alínea J) poder viajar a Bon Temps (True Blood)


E pronto...até ver...é o que se quer...! Menos que isto...não se aceita!


Para terminar e como non sequitur...Onde é que anda o Clemente? Partiu naquela estrada?

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

"Message in a bottle" ou vou mijá mas vorto!

Versão Hydrargirum:

Saí alvoroçado na humedecida penumbra e cheguei ao destino excessivamente atempado...a alvorada ainda muito ao longe...o breu circundante e encanecido era perfurado por laivos pálidos de um contabescido amanhecer a tentar vingar...

Cheguei tão estupidamente cedo que perante a tamanha sessão de espera à minha frente pus as mãos no volante e expirei contristado:

- Car@lhos ma fod*m e mais à pressa com que saí de casa!

O alvor ronceiro lá foi subjugando a desditosa escuridão e os primeiros raios de sol cairam troposfera abaixo...o mundo foi também acordando...e o corropio matinal das pessoas em múltiplas direcções foi-se fazendo sentir...e eu, dentro do carro...a morrer de tédio...à espera...e sem poder sair...

Nisto, uma ténue pressão no baixo ventre, cortou o fastio da demora...sobressaltei e engoli em seco perante o prenúncio. Vem aí uma vontade de fazer chichi...identifiquei em calores!

Qual canito abandonado, encostei a cabeça à janela e salivei o vidro de terror entre guinchos ao constatar que mesmo que pudesse sair do carro, não havia nada aberto ao meu redor onde pudesse ir mictar...! O pânico foi aumentando e o volume na bexiga também...

O afã matinal era tal por esta hora, que me coibi de sair do carro e mictar à volta deste!

(...)

A situação atingiu um apogeu tal que me contorcia no assento num misto de suores frios perante a rebentabilidade da bexiga. Não estava a aguentar...estava por demais sobrelotado e periclitante numa gotinha...

Desvario o olhar multíplice qual camaleão em todas as direcções numa vã tentativa de distracção...No meio do corropio e da sessão de contorcionismo prendo o olhar numa garrafa de água por estrear perdida a um canto da porta...franzo o sobrolho e:

- Oh meu Deus...ocorrer-me-á mictar para dentro da garrafa? - Arriscou o meu pensamento tíbio.

O sofrimento era nímio e soçobrei à vontade...urgia-se mijar no receptáculo!!!!

Abro a garrafa e preparo-me para a esvaziar na rua...mas a pena que me deu o desperdício forçou-me a beber a água...(isto só a mim!...A sofrer e conscencioso!)...e assim comecei...

Era a água a entrar por cima...e a pressão a exponenciar por baixo...cada trago era acompanhado de um ai...cada deglutir, de uma contracção dolorosa pélvica.

Não me detive e continuei a emborcar...Bebi e sofri...mas hydratei-me!

Assim que esvaziei a garrafa...cheguei-me o mais que pude à frente do assento e soergui-me...saquei do pene para fora...assumi uma posição pré-coital à garrafa...apontei com decoro ao gargalo e comecei o esguicho....

Esguicho esse que foi espichando em stacatto pois a pressão nos glúteos e o controlo mental requerido para agarrar a garrafa, endireitá-la...agarrar o falo e apontá-lo sem falha e evitar a largada de um pingo no assento...era assoberbante. Mais o stress de ter que travar a bisnaga ocasionalmente e olhar em redor, não fosse alguém estar a ver e a rebarbar com tudo isto!

Agradeci veemente às alturas, pelo volume da garrafa ser superior ao volume do mictado...pois um transbordo teria sido a morte do artista!

Suspirei de alívio...a garrafa quentinha...e nem uma gotinha desperdiçada!


Versão Eça de Queirós:

A garrafa que Hydra viera a abrir naquela manhã de Inverno em Lisboa era de plástico normal, de silhueta recurvada e contornada por sulcos. A tampa azul quando rodada fazia ouvir o estilhaçar do material, decerto evocando a alusiva história de guerra marchetada no brasão do fabricante. O seu interior translúcido foi primeiramente ingerido de vontade contrafeita em goles contrariados para vagar volume à urea porvir. Hydra, nesse instante, enquanto sentado, naquele banco talhado dos mais finos materiais negros Franceses, bordados ao redor por mãos cândidas e experientes e debruados com uma ligeira tarja acinzentada acetinada profere:

- Très chic!

Descobre de seguida o varão que transporta e apontando ao estreito do gargalo, que cintilando à luz como um diamante no pesçoco alvo de uma donzela na côrte, recebe o expelido e avoluma em tons topázio.


Versão José de Saramago:

hydra resolveu fazer chichi numa garrafa que encontrou dentro do carro Espera lá pensou ele de garrafa na mão e falo pendente ao acaso Será que o meu acto mictório neste Interior é passível de me libertar a Alma ainda exortou no meio da ansiedade assim sendo bebeu a água infausta e finalmente lá mictou para que mais tarde a Memória do mictado passado lhe provocasse um sorriso inusitado pela aventura aquática Só a mim redarguiu por fim


Versão Margarida Rebelo Pinto:

Estava dentro do carro e estava aflito para fazer chichi. Estou fo... como diz uma amiga minha. Não podia sair. Vi uma garrafa de água e pensei, uma vez que não há coincidências, que podia esvaziar a garrafa e depois mijar lá para dentro. Assim fiz e regozijei no desporto aquático. Aliás, fazer chichi ali ou não, eu ia fazê-lo de qualquer maneira.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Afrodisia, Actualização, Acefalia

Afrodisia:

Comia eu urbano e com aferro uma saborosa costeleta de bísaro, quando a tv me interrompe o manjar e anuncia que a carne de porco é considerada afrodisíaca...

- Que disparate tão grande! - Volvi eu com desprezo, enquanto nacos de carne e molhanga me caíam pelos queixos abaixo...

Entretanto... disfarcei a bruta erecção que me acometia...



Actualização:

Para quem se intitula como a Ovelha Ranhosa da família... que se desengane....
Diz-se Ovelha Ronhosa....cá nada de ovinos expectorantes!

O povo e o muco...irra!



Acefalia:

Numas bombas da Galp, aqui no latifúndio...




Ampliação para melhor absorver a candura:


Eu por onde ando só faço amigos...não é que o tipo das bombas me queria travar de daguerreotipar o momento?