História para Químicos!
Após uma conversa com o...
...que me catapultou para o passado académico...fui abrir uma gaveta e fiz uma viagem ao século transacto.
Dei com uma história, do mais quimicamente estúpido que pode haver... escrevi-a no meu primeiro ano de faculdade, numa aula de Álgebra tão aborrecida que só a lembrança me mata de tédio...longínquo ano esse o de 95, em que perdido no meio do riso e do abrir de asas que senti na altura fui feliz...tão feliz...Acho que nunca ninguém o foi assim, por inutilidades tais e outras de vasta importância.
Uma história para químicos...Não estando pior que qualquer "não haver coincidências de outrém", perdoem-lhe o fio condutor alienado...Aqui fica aqui esta memória em escaparate de Néon...
Colombo tinha um problema de fala, não era capaz de emitir o som da "letra R"! Não obstante, era um crómio do caraças e popular no seu círculo de amigos....
Os mais chegados eram o Hans, um Germânio frio e introspecto e o Pierre, um Frâncio falador e artista de boina. Havia ainda dois personagem duvidosos que se juntavam à súcia, mas que a mãe de Colombo desaprovava a sua companhia: o Tirak, um Polónio da Cracóvia e o Hélio, um estrôncio Grego proveniente das Cícladas.
Morando no Baggueigo (Barreiro!), Colombo era um jovem simples. Ouvia rádio para se divertir. Adorava comer a sopa muito quente, o que lhe queimava sempre o paládio. Gostava muito de couves mas raramente lhes comia o tálio. Ajudava a mãe a criar a galinha e o gálio, lia livros do Sherlock Hólmio ao entardecer e perdia horas a pescar nas margens do Rénio. Bebedor de vulto de cidra, muitas vezes ficava érbio e nunca perdia a oportunidade de ajudar o pai na lareira, colocando sempre um tório de carvalho extra, não fosse a chama querer apagar...
O seu trejeito de fala peculiar, não o atrapalhava junto das raparigas e era frequente dividir os seus chocolates pelas namoradinhas do bairro. Comumente se ouvia da sua boca aquando da divisão dos doces:
-Um platina (a Tina) , outlo pla Lita (a Rita)!
Certo dia, Colombo trouxe a casa uma notícia que iria ser motivo de discórdia. Anunciou de enxofre, que se preparava para partir à Conquista do Novo Mundo. Os seus pais acharam tudo aquilo muito estanho, e duvidaram que falasse a cério. Mas quando a notícia se tornou numa certeza, a mãe fez um escândio e soçobrou pelo choro. Arribou mais tarde e mais calma do choque após tomar o lítio.
O Padre-cúrio da aldeia farto de Colombo e dos seus amigos há vários anos estava. Já não podia com as suas partidas. Viu com bons olhos esta despedida.
Após meses no mar, cruzando o território de Neptúnio, Colombo, um Európio de gema chegou à América. O primeiro contacto que teve com o povo Amerício deixou-o desconcertado, mas rapidamente se introsou na cultura e até fez 2 amigos, um índio desgrenhado e um califórnio da costa Este. Estes amigos, eram o antimónio dos seus companheiros do velho continente. De alma pura e inocente, ficavam espantados cada vez que Colombo acendia um fósforo.
Colombo passou o resto dos seus dias do outro lado do Atlântico, vivendo feliz e amantizado, e conta a lenda que ainda hoje, sempre que o arco-íris cobre o horizonte, Colombo sorri....